Governo Dilma aposta na divisão do PMDB para ter mais apoio no impeachment
Sinalização, ameaças e declarações insatisfeitas de dirigentes. O PMDB já fez de tudo no declarado “desembarque” da base do Governo Federal, previsto para ser anunciado na próxima terça-feira, dia 29 de março.
O ex-presidente Lula, que mesmo sem cargo oficial, tenta fazer as articulações políticas do Governo e busca o adiamento da decisão do PMDB. Mas Dilma decidiu antecipar a demissão dos infiéis. Foi o caso do presidente da Funasa – Fundação Nacional de Saúde), Antônio Henrique de Carvalho Pires, que foi exonerado do cargo. Ele era aliado do vice-presidente Michel Temer. E outros podem perder seus cargos federais.
A atitude de Dilma sinaliza que “só fica quem quer”. A aposta é na divisão do PMDB, já que há parlamentares e outras lideranças que defendem a permanência na base. São os casos do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do líder no PMDB na Câmara, Leonardo Picciani.
A presidente Dilma precisa de 171 votos na Camara dos Deputados para barrar o impeachment. Nos cálculos do Governo, a ideia é garantir o apoio de pelo menos 28 dos 69 deputados do PMDB.