AÇÕES DE TERRORISMO GERAM CLIMA DE TENSÃO NO SETOR DE SEGURANÇA PÚBLICA

  • 26/04/2016

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Até o governador Camilo Santana reconheceu ter recebido ameaças de morte anônimas, vindas de membros de facções criminosas que atuam no Ceará. A isso junta-se ataques a delegacias distritais, fugas constantes de presídios e centros socioeducativos, sem falar com os ataques cada vez mais violentos das quadrilhas a agências bancárias. As notícias no setor de segurança pública não ajudam o Governo Estadual. Apesar do esforço em reduzir o número de mortes violentas, o crime tem migrado para outras ações deixando a população em alerta.
Camilo Santana avalia que as ameaças do crime organizado estão relacionadas às ferramentas utilizadas pelo Governo do Estado no combate à violência, como foi o caso da aprovação da lei que objetiva o bloqueio do sinal de celulares nos presídios. A questão é que as ações de terror à população só têm aumentado nos últimos meses. Desde o início do ano, foram 28 atentados ou ameaças na Capital e no interior.
Nos presídios, a situação é de tensão. Na unidade conhecida como “Carrapicho”, em Caucaia, fugiram 30 presos no último fim de semana. Apenas 12 foram recapturados. Na CPPL 1, em Itaitinga, onde houve rebelião, a Secretaria de Justiça do Estado foi obrigada a transferir 229 presos para outras unidades.
E a reação do Estado precisa ser mais enérgica. A última medida tomada pela Secretaria de Segurança Pública foi modificar as portas das delegacias distritais, que vêm sendo alvo de criminosos. Eles estão metralhando as portas de vidro sem o menor pudor, levando risco a quem passa pelo local ou esteja no interior das repartições. A SSPDS mudou as portas de vidro para aço, além de colocar nova estrutura de concreto. Por enquanto, isso é muito pouco.