Em tese, ideia de novas eleições é bem recebida em Brasília. Só em tese.
Cresce entre parlamentares de situação e oposição a ideia de se discutir a realização de eleições gerais no País diante da crise política instalada com o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e os efeitos da Operação Lava Jato.
A tese foi levantada pelo senador do PMDB, Valdir Raupp. O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, considerou a ideia também como hipótese. Até a presidente Dilma Rousseff admitiu discutir o assunto, desde que os congressistas abrissem mão dos seus mandatos.
Aí é que reside o problema. Quais são os senadores e deputados federais que estão dispostos a abrir mão dos seus mandatos? Basta ver o esforço que muitos deles, acusados e envolvidos até o pescoço em atos de corrupção, para não serem vítimas de cassação.
Defender eleições gerais da boca pra fora, pra jogar pra mídia, não resolve problema. Político, que está realmente interessado em resolver a crise que envolve o rumo do País, tem de estar disposto mesmo é a sentar em torno do diálogo com propostas plausíveis para buscar uma solução. E, de preferência, sem essa de “toma lá, dá cá”, que é o que move a política partidária.