INVESTIGAÇÕES CONTRA EDUARDO CUNHA ANDAM A PASSOS LENTOS NA CÂMARA E NO STF
Enquanto o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef já tramitou na Câmara dos Deputados e já se encontra no Senado Federal, as investigações de corrupção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seguem a passos lentos. A mais nova manobra de Cunha quer limitar o poder do Conselho de Ética da Casa. A ação partiu do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão, que é aliado de Cunha.
Os trabalhos da Conselho de Ética estão na fase de depoimentos. Para a próxima semana está previsto o depoimento do delator na Operação Lava Jato, Fernando Soares, o “Fernando Baiano”. Cunha tem usado de todos os recursos para atrasar o andamento do Conselho, desde o ano passado.
Por outro lado, tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido da Procuradoria Geral da República para afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados por denúncia de estar atrapalhando as investigações. O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, diz ainda estar examinando o pedido, que chegou ao STF desde dezembro do ano passado. Questionado esta semana, Teori diz ainda não ter prazo para analisar o pedido.
Neste meio tempo, Cunha continua “pintando e bordando”, agindo em conveniência com seus interesses e até já comandou o processo de Dilma Roussef no Plenário da Casa. Não é pouco para quem está respondendo por recebimento de propina e corrupção