FUGAS NOS CENTRO EDUCACIONAIS EM FORTALEZA APONTAM PARA FALÊNCIA DO SISTEMA
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As fugas repetidas nos centros sócio-educativos de Fortaleza apontam para uma falha grave no sistema de recuperação de menores infratores. Mães denunciam problemas de superlotação e maus tratos aos internos. Os monitores, por outro lado, reclamam que os menores se aproveitam de direitos garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente para não respeitar as determinações superiores e “tocar o terror” nas unidades.
Não é a toa que nesta segunda-feira, dia 2 de maio, cerca de 50 internos do Centro Educaional Patativa do Assaré, no Ancuri, em Fortaleza promoveram mais uma fuga em massa. Dois monitores e até o diretor da unidade teriam sido feitos reféns pelos menores. Na semana passada, outros 39 adolescentes já tinham fugido da mesma unidade.
O pior é que a cada fuga, um cenário de destruição é deixado nas unidades. Os custos são assumidos pelo Estado, que precisa fazer reparos e comprar novos utensílios e mobiliário para os centros. Até quando? Como o problema pode ser resolvido?
Definitivamente, não há fórmula mágica. Mas entidades civis, Governo e Juizado da Infância e Adolescência precisam sentar numa mesa para discutir seriamente o problema e apontar soluções, que precisam ser colocadas imediatamente em prática. E não ficar só no papel.