STF CHANCELA O AFASTAMENTO DE CUNHA. E AGORA?

  • 06/05/2016

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Por 11 votos a zero, os ministros do Supremo Tribunal Federal chancelaram o afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara dos Deputados. Cunha declarou que vai recorrer da decisão. Classificou a decisão do STF como “política”. Mas qual o efeito prático da medida do STF? A primeira delas é que Eduardo Cunha perde o controle das ações na Câmara, que terá o comando agora do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), também na lista do procurador geral da República, Rodrigo Janot, como suspeito de envolvimento no esquema bilionário. Waldir é aliado de Cunha, mas votou contra o impeachment da presidente Dilma Roussef. A postura dele no cargo ainda é uma incógnita.
O certo é que o Planalto aproveita o enfraquecimento de Eduardo Cunha para reforçar a tese de que o processo de impeachment de Dilma Roussef conduzido por Eduardo Cunha é “ilegal”. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já confirmou que deve recorrer ao STF. A ideia é judicializar e pedir a anulação do processo de afastamento da presidente da República, hoje, no Senado Federal.
No Ceará, quem esteve ao lado de Eduardo Cunha, já tenta se afastar do presidente “suspenso” da Câmara Federal. É o caso do deputado federal Cabo Sabino (PR, que se diz “arrependido” de ter votado em Cunha. A ex-prefeita de Fortaleza e deputada federal, Luizianne Lins (PT), afirma que decisão do ministro Teori Zavascki só vem a provar que o processo de impeachment contra Dilma Rousseff “é ilegal e sem legitimidade”.