Campanha eleitoral deste ano deve ser marcada por caixas apertados
O tempo de “vacas gordas” acabou para muitos candidatos. As eleições municipais deste ano terá um período de campanha menor e os recursos envolvidos também devem diminuir drasticamente. Crise econômica, a proibição de doações de empresas e o impacto da Operação Lava Jato são os maiores motivos de preocupação de políticos e marqueteiros das campanhas.
Em 2012, quase 80% dos gastos nas eleições municipais foram financiados por empresas. Agora, a regra mudou. Sem financiamento empresarial, os candidatos podem recorrer ao Fundo Partidário. Mas o fundo deverá ser insuficiente para bancar gastos como de eleições passadas. Este ano, as legendas receberão, somados, R$ 819 milhões em recursos públicos.
Além do fundo, as duas únicas alternativas legais de recursos são o autofinanciamento e doações dos próprios eleitores. Há quatro anos, as pessoas físicas bancaram menos de 20% dos custos de campanhas.
Ou seja, vai ter muito candidato penando com os poucos recursos. Em eleições passadas, os caixas de campanha tinham uma realidade bem mais atraente.