Relatório da cassação de Cunha deve ser votado nesta terça. Cresce o medo de prisão
O clima na casa de Eduardo Cunha não deve estar dos melhores. O relator que pede a cassação do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Marcos Rogério (DEM-RO), espera pela aprovação da peça na votação prevista para a tarde desta terça-feira, dia 14 de junho.
Só que a preocupação de Cunha não é mais só a aprovação ou não do relatório. A esposa dele, a jornalista Cláudia Cruz, também está denunciada por desvio de recursos no Exterior. Ela não tem foro privilegiado e pode ter a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro. Em Brasília, se comenta que Cláudia Cruz está em desespero e ameaça colocar a “boca no trombone”, caso seja presa.
Nos bastidores, Eduardo Cunha se vê abandonado pelo presidente interino Michel Temer e pelo próprio PMDB. Aliados tentam convencer Cunha a renunciar ao mandato. Proposta que não é admitida por ele. O presidente da Câmara afastado teme perder o foro privilegiado e também cair nas mãos de Sérgio Moro.
Ao se sentir enfraquecido no poder de influência, Eduardo Cunha (por saber demais quanto as irregularidades de outros políticos) pode ser uma “bomba-relógio para a governabilidade de Michel Temer e para o futuro político de muitos congressistas.