Delação de ex-executivo da Odebrecht deixa Temer de “calça curta”

Como já era esperada, a delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht iria balançar as estruturas do Governo Temer. Afinal, sobra denúncia de recebimento de propina para os principais personagens que estão hoje no comando do País.

Até o próprio Michel Temer aparece na delação. Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, afirmou em delação premiada que distribuiu propinas a deputados, senadores e governadores. Para Temer, a doação teria sido de R$ 10 milhões em espécie.

A lista de denunciados é extensa. Além do ministro Eliseu Padilha, pelo menos 20 políticos são citados: o presidente do Senado, Renan Calheiros, apelidado de “justiça” pela empreiteira, Romero Jucá, o “caju”, Eunício Oliveira, o “índio”, e Moreira Franco, chamado de “angorá”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, apelidado pela empresa de “Botafogo”, teria recebido R$ 100 mil.