Eunício Oliveira fica em situação delicada após delação da Odebrecht
O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, detonou o senador cearense Eunício Oliveira, do PMDB, nas sua delação. Eunício, atual líder do partido no Senado, tinha o codinome de “Índio”. Cláudio disse ter repassado o valor aproximado de R$ 2,1 milhões ao senador Eunício Oliveira. Ele conta que um preposto do senador foi ao seu escritório pegar uma senha e saber o local onde os pagamentos seriam realizados.
O valor teria sido dividido em duas parcelas. A primeira paga em Brasília, e a outra em São Paulo. Os pagamentos foram realizados entre outubro de 2013 e janeiro de 2014.
A situação política de Eunício se complica com as denúncias, porque ele vinha trabalhando sua candidatura à Presidência do Senado em substituição a Renan Calheiros.
O senador cearense nega as acusações. “Todos os recursos arrecadados nas minhas campanhas foram recebidos de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral”.
O escândalo financeiro denunciado pelo ex-executivo da Odebrecht é sem precedentes. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a Odebrecht gastou pelo menos R$ 88 milhões em propina, caixa dois e doações legais para campanhas de 48 políticos entre 2006 e 2014.