STF deve analisar pedido de relaxamento da prisão de Eduardo Cunha
Preso desde outubro do ano passado, em Curitiba, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, luta com as armas que tem. Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, disparou sobre a participação do presidente Michel Temer em uma reunião para discutir as nomeações do PMDB para a direção da Petrobras. Cunha confirmou a presença do atual presidente da República, então presidente do PMDB, em 2007. Temer nega. Outra estratégia de Cunha no depoimento foi pedir sua soltura, alegando ter um aneurisma cerebral e dizer que o presídio onde está não oferecer condições adequadas de tratamento.
O fato que a argumentação de Eduardo Cunha deve servir como base para os seus advogados pedirem o relaxamento da prisão dele ao Supremo Tribunal Federal. Não será de se estranhar se ele conseguir um habeas corpus.
Quanto ao andamento do processo na Lava Jato, já em fase final, o Ministério Público Federal e a defesa apresentarão suas alegações finais e, em seguida, o juiz Sérgio Moro poderá proferir a sentença em relação às acusações contra Cunha.