PGR põe responsabilidade no STF de investigações contra 83 políticos
A Procuradoria Geral da República solicitou que o Supremo Tribunal Federal autorize abertura de investigação de pelo menos cinco ministros, seis senadores, um deputado e ex-integrantes do governo Lula e Dilma, inclusive os dois ex-presidentes.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal, 83 pedidos de inquéritos contra políticos com foro privilegiado.
Os envolvidos na lista de Rodrigo Janot traçam um cronograma para tentar sobreviver à fase mais crítica da Lava Jato. A previsão é três ou quatro meses de agonia com a divulgação do teor das delações.
Na seara do Governo Federal, a situação é preocupante. Os pedidos de investigação causaram desconforto à equipe de Michel Temer, para quem a manutenção do sigilo sobre os detalhes das denúncias contribui para aumentar o desgaste da imagem do governo.
Os nomes começam pelos ministros: Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores; Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil; Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência; Gilberto Kassab, ministro de Ciência e Tecnologia; e Bruno Araújo, ministro das Cidades. Além desses, Rodrigo Maia, presidente da Câmara; Eunício Oliveira, presidente do Senado; e os senadores Edison Lobão, José Serra, Aécio Neves, Romero Jucá e Renan Calheiros.
Para a primeira instância vão os ex-presidentes Lula, Dilma, e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega. Todos eles serão alvo de investigação.
As acusações são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, formação de cartel, e o artigo 350 do Código Eleitoral, que é prestar informações falsas à Justiça Eleitoral.