Temer escolhe Janot como alvo, mas não entra no mérito dos próprios erros

  • 27/06/2017

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O presidente Michel Temer tentou se defender da denúncia do procurador Rodrigo Janot de prática de corrupção passiva no exercício da Presidência da República. Coloca Janot como inimigo. Fala de perseguição política. Desqualifica delatores. Mas as explicações de envolvimento em corrupção e recebimento de propina não convencem a imprensa e nem os eleitorais. Prova é o índice de aprovação na pesquisa Datafolha que chegou a 7%.

Nessa altura do campeonato, as reformas que tramitam no Congresso estão condenadas. Na contramão do noticiário político, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que são aliados de Michel Temer, tentam levar à frente a tramitação das matérias que mudam regras de direitos trabalhistas e previdenciários. Como se estivesse tudo normal. Como se a denúncia contra Temer não valesse nada.

Do jeito que a popularidade de Temer tá no chão, não é fácil constatar que o País vai sofrer uma nova parada com a greve geral prevista por centrais sindicais para a próxima sexta-feira, dia 30 de junho. É esperar pra ver.