TSE decidiu o que já era esperado há dias em Brasília
Coube ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, a decisão de absolver a chapa Dilma/Temer da acusação de abuso político e econômico na campanha presidencial de 2014. O placar de 4 a 3 a favor da absolvição já vinha sendo “cantado” há dias pelos jornalistas políticos que atuam em Brasília.
Alguma surpresa no resultado? Nenhuma. Afinal, havia ministros do TSE declaradamente favoráveis à manutenção de Temer na Presidência da República. De nada adiantou a performance midiática do relator, ministro Herman Benjamin, defensor da cassação da chapa, que teve o apoio dos ministros Rosa Weber e Luiz Fux. Votaram a favor da absolvição, os ministros Gilmar Mendes, Napoleão Nunes Maia, Tarcísio Vieira Carvalho e Ademar Gonzaga.
O Palácio do Planalto comemorou o resultado. O presidente Michel Temer ganha algum fôlego, mas continua “sangrando” em meio às denúncias de favorecimento com a JBS. A Procuradoria Geral da República deve oferecer denúncia contra Temer na próxima semana.
Em tempo: A defesa de Temer não respondeu a nenhuma das 82 perguntas feitas pela Polícia Federal no depoimento autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Ou seja, Temer desafia a Justiça e “paga pra ver” no desafio de se manter no cargo mais alto do País.