Greve no setor da construção civil segue com impasse
A greve no setor da construção civil em Fortaleza chegou a 18 dias nesta segunda-feira, dia 24 de julho. O Sindicato das Construtoras alega um prejuízo superior a R$ 500 mil reais e reclama das ações de depredação em canteiros de obras causada por grevistas.
O impasse entre empresários e trabalhadores da construção civil na campanha salarial deste ano tem agravado o quadro de paralisação no setor. A greve teve início no último dia 6 de julho. Canteiros de obra estão parados.
As construtoras oferecem 4,69% de reajuste salarial, mas os trabalhadores cobram a concessão de um vale combustível que viria a substituir o vale transporte. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, o benefício do combustível não causaria maior impacto financeiro.
A queda de empregos no setor da construção civil dificulta ainda mais as negociações. Cerca de 40 mil trabalhadores se mantém na ativa no Ceará. O número de postos de trabalho caiu em mais de 100% nos últimos cinco anos.
Outro problema que tem emperrado as negociações é a denúncia das construtoras de vandalismo nos canteiros durante a greve. Mais de 60 boletins de ocorrência foram registrados na Polícia Civil por causa das depredações. O impasse já foi levado ao Tribunal Regional do Trabalho.