Greve dos Correios atrasa entrega de correspondências em Fortaleza
A greve dos Correios caminha para completar uma semana. A adesão, segundo os grevistas, chega a 65% apesar da direção da empresa dizer que o movimento não está afetando a distribuição de correspondências.
Em Fortaleza, a categoria se mantém mobilizada com protestos em frente a Central de Distribuição dos Correios, na Cidade dos Funcionários, de onde saem a correspondência e as mercadorias que são entregues nas residências. A greve nacional na empresa foi decretada na terça-feira da semana passada. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores, a paralisação atinge principalmente o setor de distribuição.
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios avalia que a paralisação atinge 22 estados e o Distrito Federal. A greve tem como motivação a ameaça de demissão de funcionários, pressão para aderir ao Plano de Desligamento lançado pela empresa e o fechamento de agências em todo o País.
Os Correios enfrentam uma grave crise econômica e medidas para reduzir gastos. Os prejuízos somam cerca de R$ 4 bilhões de reais. Em março deste ano, a direção da empresa fechou 250 agências em cidades com mais de 50 mil habitantes. Os sindicalistas apontam um processo de sucateamento, que afeta diretamente os servidores e, consequentemente, os usuários. “Por enquanto, a direção dos Correios só ofereceu 3% de aumento salarial para os servidores a partir de janeiro de 2018. Ainda não houve acordo. A decisão ficou para esta terça-feira”, disse Luiz Santiago, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios.