Tasso vota para manter Aécio Neves e depois pede para ele deixar Presidência do PSDB
A postura do senador Tasso Jereissati gerou controvérsias entre os eleitores. Ele votou para que o senador tucano Aécio Neves retomasse o mandato, após ser afastado pela 1a Turma do STF, e no dia seguinte defende o afastamento definitivo de Aécio da presidência nacional do PSDB. Morde e depois assopra.
Os R$ 2 milhões recebidos da JBS em malas e mochilas transformaram Aécio Neves em uma figura que político nenhum quer ter por perto. Os colegas senadores tucanos absolveram o senador para retomar o mandato mas, no fundo, não o querem à frente das negociações do PSDB. Vale reforçar todo o esforço pessoal de Temer e de sua equipe no Planalto para que Aécio ganhasse a votação de terça-feira.
A postura é bem parecida com o que tentaram fazer com o relator da segunda denúncia de Temer na CCJ da Câmara, Bonifácio de Andrada, tucano de Minas Gerais. Tiraram a vaga do PSDB na comissão, mas o deputado continuou relator por outro partido. Mas Bonifácio continua como deputado federal do PSDB e está votando de novo para livrar Michel Temer. Às vezes, os políticos pensam que o eleitor não enxerga essas manobras.
Em tempo: falando em CCJ e Temer, o deputado cearense Danilo Forte perdeu uma das vagas do PSB na comissão por ter votado contra as investigações sobre Michel Temer requeridas pela Procuradoria Geral da República.