Conselhos de Ética da Câmara e do Senado não punem ninguém
Parece brincadeira, mas é verdade. Em meio a bandalheira envolvendo a prática de corrupção comprovada por vários deputados federais e senadores, os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado continuam inertes. Fazem de conta que nada acontece. No Senado, o caso envolvendo Aécio Neves parece que nem existiu.
Na Câmara Federal, os cinco processos abertos para apurar a conduta de deputados em 2017 foram arquivados. Agora, o Conselho de Ética da Câmara vai começar 2018 com a missão de analisar o caso do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), alvo de uma representação assinada por Rede e PSOL.
Os partidos pedem a cassação do mandato de Vieira Lima em razão das investigações sobre as malas com R$ 51 milhões, encontradas pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador e atribuídas ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, irmão do parlamentar. A PF apontou indícios de crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa cometidos pelo deputado e pelo irmão. Os dois foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal.