Camilo cria força-tarefa e confronta falta de ação do Governo Federal
Após a chacina das Cajazeiras que matou 14 pessoas, o governador do Ceará, Camilo Santana, resolveu criar uma força-tarefa para enfrentar as ações do crime organizado no Estado. Entre as medidas anunciadas estão a montagem de um Centro Integrado com representantes da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Polícia Federal, Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública; a formação de um grupo especializado da Polícia Federal para o combate ao crime organizado no Ceará; e a criação pelo Tribunal de Justiça do Ceará de uma vara específica para julgar crimes relacionados às facções no Estado.
Mas Camilo Santana foi mais além na reunião ampliada dos órgãos de segurança. Disparou mais uma vez contra o Governo Federal ressaltando a responsabilidade da União ao combate ao tráfico de drogas e à proteção das fronteiras do País, que deixa a desejar.
As declarações de Camilo não foram bem recebidas pelo Palácio do Planalto e pelo Ministério da Justiça. O ministro Torquato Jardim soltou uma nota em que diz “que a União seguirá cumprindo o papel de oferecer apoio técnico e financeiro aos Estados…ainda que os governantes não solicitem apoio por razões eminentemente políticas”.
Camilo diz que pedirá uma audiência com o presidente Michel Temer para discutir o tema do enfrentamento às facções criminosas.