Preso e impedido de dar entrevistas, Lula pede voto a Haddad através de carta à Nação
O tempo passa rápido. Neste domingo, dia 7 de outubro, o ex-presidente Lula (PT) completa seis meses de prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Por coincidência, no dia do 1° turno das Eleições. Lula não poderá votar, por determinação do STF. Interessante é que milhares de presos irão votar no País, inclusive, o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) que, como Lula, ainda aguarda a análise de recursos da sua condenação em tribunais superiores.
Durante os seis meses de prisão na PF tentaram isolar Lula do processo político. Impediram que a imprensa o entrevistasse, apesar dos inúmeros pedidos ao STF. No entanto, o ex-presidente petista exerceu forte influência no processo eleitoral.
Lula se entregou à PF em 7 de abril, um dia após o prazo dado pelo juiz federal Sérgio Moro, que ordenou o início da execução de sua pena no processo do tríplex. O PT manteve o ex-presidente como candidato ao Planalto até a última hora, mas todos os recursos foram negados. Daí, o vice Fernando Haddad foi conduzido ao posto de candidato a Presidente da República.
Para surpresa de muitos, a estratégia deu certo. Mesmo preso e alvo de noticiário negativo quase diário na mídia, Lula conseguiu transferir boa parte dos votos a Haddad, o que vem confirmando sua participação no segundo turno com Bolsonaro.
Em carta, Lula pediu nesta sexta-feira, dia 5 de outubro, um presente aos eleitores: um voto de confiança em Haddad nas eleições. Hoje, dia 6, é aniversário de Lula (73 anos). Não se pode negar a força, coragem e prestígio do ex-presidente. No País, não conheço um só político com tal popularidade. Gostem dele ou não.