STF julga habeas corpus de Lula sob argumento de imparcialidade de Moro
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal julga, nesta terça-feira, dia 4 de dezembro, o mais recente pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula. A defesa do petista reivindica a liberdade sob o argumento de que o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, “revelou clara parcialidade e motivação política” na condução dos processos contra ele. A eventual abertura da cela de Lula teria o peso de um aval da Suprema Corte à tese de que Lula é “preso político”, não corrupto. Nos argumentos dos advogados, a ida de Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba para a equipe ministerial de Jair Bolsonaro evidenciaria a parcialidade do ex-magistrado.
Está é a primeira vez que um recurso de Lula será julgado no âmbito da Segunda Turma, composta de cinco ministros: Ricardo Lewandowski (presidente), Edson Fachin (relator da Lava Jato), Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O ex-presidente está preso desde o dia 7 de abril passado.
Lula tem recebido também pressão de amigos, correligionários e familiares para concordar com o pedido de uma prisão domiciliar. O ex-presidente resiste à ideia, porque faz questão de ter a inocência reconhecida.