Ataques a comitiva do PSL na China geram desentendimento na base governista
De acordo com a Revista Piauí, os ataques de Olavo de Carvalho, considerado o “guru” do presidente Bolsonaro, e de seus seguidores nas redes sociais aos parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) que viajaram à China a convite daquele país abriram uma crise no governo Bolsonaro. O bombardeio dos seguidores bolsonaristas – que, insuflados por Carvalho, acusaram a comitiva do PSL de querer “vender o Brasil para a China” e de serem “comunistas infiltrados na direita” – deixou os 11 parlamentares do partido com o sentimento de terem sido atirados “na fogueira” para encobrir o que consideram um escândalo: o pedido do filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal, para ter foro privilegiado no caso em que seu motorista e assessor na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, é investigado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de movimentar 1,2 milhão de reais de forma atípica.
O advogado Cleber Teixeira, integrante da comitiva, afirmou que o clima entre os deputados da comitiva era de revolta e indignação. Teixeira disse ainda que, se os parlamentares não se sentirem confortáveis com o comportamento do Executivo, podem não votar as reformas, como a da Previdência que deve ser enviada ainda no primeiro semestre ao Congresso.