Bolsonaro enfrenta mais uma crise com o caso envolvendo Gustavo Bebianno
Pivô da crise dos laranjas, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, está por um fio. Ou melhor, está exonerado “virtualmente”. Não teve a demissão publicada no Diário Oficial da União, mas nas redes sociais, a sua exoneração é dada como certa. Bebianno esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira, dia 15 de fevereiro, e o teor da conversa entre os dois não foi nada amistosa. A aliados, o ministro disse que deixaria o governo.
Bebianno chefiava interinamente o PSL quando da campanha eleitoral de 2018, sobre a qual recaem denúncias de uso de candidatos laranjas. O caso foi revelado por uma série de reportagens da Folha de São Paulo. Uma das suspeitas é sobre uma candidatura que recebeu R$ 400 mil do fundo eleitoral, um dos maiores repasses do partido, mas teve apenas 274 votos.
Só que Gustavo Bebianno foi o braço direito de Bolsonaro na campanha eleitoral. Sabe só de tudo o que ocorreu no processo eleitoral. Não se sabe até que ponto um rompimento político com o atual presidente pode representar em termos de prejuízo para o futuro do Governo.
O fato é que o Governo Bolsonaro tem se mostrado caótico ao lidar com crises, ainda mais com a interferência quase diária dos filhos do presidente, via redes sociais.
Há reformas para serem encaminhadas ao Congresso Nacional e, com enfraquecimento político, não se consegue aprovar projetos polêmicos. Disso, Bolsonaro que é um congressista de longas datas, sabe muito bem.