Bolsonaro é obrigado a recuar na decisão de interferir na publicidade das estatais
Como já virou praxe no Governo Bolsonaro, bastaram 24 horas para voltar atrás de uma decisão tomada pelo próprio presidente. O ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Alberto dos Santos Cruz anunciou que a decisão da Secretaria de Comunicação do Planalto de interferir na publicidade de estatais ‘não tem validade’, porque fere normas do próprio governo. O General Santa Cruz afirmou que a medida de Bolsonaro “não observou estritamente o que diz na legislação, não tem validade”.
A Secretaria de Comunicação (Secom) havia enviado um e-mail a estatais como Petrobras e Correios informando que os comerciais passariam a ser submetidos ao crivo da secretaria. Agora, a medida foi desfeita.
A determinação foi dada após um vídeo publicitário de 30 segundos do Banco do Brasil, que já estava no ar em emissoras de TV, marcado pela diversidade racial e sexual dos atores e atrizes, ter sido vetado após uma intervenção direta do presidente Jair Bolsonaro junto ao presidente do BB, Rubem Novaes. O diretor de Marketing do BB, responsável pela campanha e que estava de férias, chegou a ser demitido.
Esqueceram de avisar o presidente Bolsonaro que, pela Lei das Estatais, não cabe à Administração Direta intervir no conteúdo da publicidade estritamente mercadológica das empresas estatais.