Ameaça de Paulo Guedes e resposta de Bolsonaro revelam que ninguém é “insubstituível” no Governo

  • 25/05/2019

IMG_20190525_091339_958

Em entrevista à Revista Veja, o ministro da Economia, Paulo Guedes disse que se a reforma da Previdência, a ser aprovada no Congresso, for muito reduzida (abaixo de R$ 800 bilhões de economia), ele deixará o Governo. Se foi por vaidade ou ameaça ao mercado, as declarações de Guedes talvez não tiveram o resultado esperado.
Nem congressistas, nem gestores do mercado mostraram reação a ameaça de Paulo Guedes. Afinal, os investidores estão preocupados mesmo é com o resultado que a reforma poderá proporcionar ao mercado financeiro, não importando quem a levará adiante.
E quanto ao presidente Jair Bolsonaro, este mesmo é que parece não ter se abalado com a ameaça do Ministro da Economia. “Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele, se nós não aprovarmos uma reforma muito próxima da que nós enviamos para o parlamento. Então, o Paulo Guedes não é nenhum vidente, não precisa ser, para entender que o Brasil mergulha num caos econômico sem a aprovação dessa reforma”, afirmou Bolsonaro.
A manifestação geral é que Paulo Guedes está se sentindo maior do que o cargo que ocupa. Em política, a vaidade quase sempre não é boa companhia.