Corte em verbas das universidades federais começa a gerar protestos também no Ceará

  • 07/05/2019

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Depois da Universidade Federal do Cariri, agora é a vez da Universidade Federal do Ceará (UFC) protestar contra os cortes no repasse de verbas pelo Governo Federal. O reitor da UFC, Henry Campos, lançou nota em que lamenta um corte de R$ 46,5 milhões para a manutenção da Universidade Federal do Ceará, o que representa uma redução de 30% do total disponível.
A UFC conta hoje com 43 mil alunos, 118 cursos de graduação e 116 de pós-graduação. Na nota, o reitor mostra preocupação com a possibilidade dos cortes promovidos pelo Ministério da Educação inviabilizaram o funcionamento das instituições públicas de ensino superior. A redução nos repasses na educação chegam a até R$ 108 milhões para unidades federais no Ceará.
“Na Universidade Federal do Ceará, sabemos dos graves efeitos que a medida trará a nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão, todas elas dimensionadas a partir de uma dotação orçamentária longamente discutida e aprovada pelo Congresso Nacional”, diz a nota da UFC.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, sustentou no Congresso Nacional que a redução em 30% do orçamento das universidades públicas do país é um “contingenciamento”, e não um “corte” de investimentos.
Em audiência na Comissão de Educação do Senado, o ministro chamou de “desastre” e “tragédia” o Fies, programa de financiamento estudantil criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e ampliado na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Quero ver se o ministro Abraham Weintraub tem coragem de fazer essa afirmação na cara de um universitário que precisa de financiamento público para cursar o ensino superior.