Dallagnol receou comentar caso Flávio Bolsonaro e questionou reação de Moro, apontam mensagens
Em mensagens trocadas entre membros da Lava Jato, que foram reveladas neste domingo, dia 21 de julho, pelo site The Intercept Brasil, o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, manifestou em mensagens receio de comentar o caso Flávio Bolsonaro para não desagradar o governo Jair Bolsonaro.
O procurador Dallagnol demonstrou uma preocupação: temia que o ex-juiz Sérgio Moro não perseguisse a investigação por pressões políticas do então recém eleito presidente Jair Bolsonaro e pelo desejo de Moro em ser indicado para o Supremo Tribunal Federal.
Flávio, que é senador pelo PSL-RJ, é investigado no Rio de Janeiro devido a movimentações atípicas suas e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. As transações foram identificadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no âmbito da Operação Furna da Onça, que mirava deputados estaduais – o filho do presidente ocupou cargo na Assembleia do estado de 2003 a 2018.
A reportagem deste domingo mostra troca de mensagens entre Deltan e colegas em dezembro passado, quando a movimentação financeira de Queiroz veio a público, incluindo um repasse de R$ 24 mil para a atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro.