Prisão de suspeitos fortalece discurso de Moro, mas não minimiza teor das mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato
A prisão dos suspeitos de invadir telefones do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, fortalece o discurso público do ex-juiz, mas não dá fim aos questionamentos que ele e investigadores de Curitiba estão enfrentando na Justiça e em conselhos de classe. De acordo com a Coluna Painel, da Folha de São Paulo, esta é a avaliação de ministros do STF e de integrantes da cúpula do Congresso. A ala do Supremo crítica à Lava Jato sustenta que o cerne do problema permanece e está no conteúdo das conversas.
A tendência, a partir de agora, é a intensificação do embate entre defensores radicais da Lava Jato e os legalistas que se opõem às manipulações que Moro e procuradores cometeram na condução dos processos.
Walter Delgatti Neto, apelidado de “Vermelho”, preso na terça-feira, dia 23 de julho, por suspeita de “hackear” autoridades, afirmou a investigadores da chamada Operação Spoofing ter dado ao jornalista Glenn Greenwald acesso a informações capturadas do aplicativo Telegram, mas não apresentou nenhuma prova.
Ainda na quarta-feira, dia 24, o advogado de Delgatti alegou que seu cliente tem problemas psiquiátricos, como Adélio Bispo. O que se vier a ser condenado pode lhe garantir uma prisão hospitalar ou domiciliar. Muito estranho.