Bolsonaro lança novo partido ainda sem saber se terá acesso a fundo partidário e tempo de rádio e TV

  • 21/11/2019

delegado_andre_fernandes-3701224

Cheio de incertezas sobre o direito a recursos do fundo partidário e do tempo de rádio e TV na campanha eleitoral do próximo ano, o presidente Jair Bolsonaro lança oficialmente nesta quinta-feira, dia 21 de novembro, o novo partido Aliança pelo Brasil. Caso não consiga brechas na Justiça Eleitoral, a nova sigla pode disputar a eleição municipal de 2020 e chegar à corrida presidencial de 2022 sem recursos garantidos em Lei.
A expectativa é que pelo menos 30 parlamentares em nível nacional devem deixar o PSL e seguir com Bolsonaro para a nova legenda. No Ceará, 30 pedidos de cancelamento de filiação ao PSL já foram feitos. A bancada do PSL na Assembleia Legislativa deverá desaparecer com as desfiliações de André Fernandes e Delegado Cavalcante (foto). O deputado federal Heitor Freire, que preside o PSL no Estado, não deixará o partido.
Para o Aliança Pelo Brasil ser criado é preciso coletar 500 mil assinaturas para poder apresentar o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve decidir na terça-feira, dia 26 de novembro, se pode aceitar aceitar assinaturas eletrônicas de eleitores para a formação de um partido político. A decisão interfere nos planos de Jair Bolsonaro, que tem pressa de deixar o novo partido em condições de concorrer nas eleições municipais de 2020.