Ministro da Casa Civil sofre enfraquecimento no Governo após demissão de assessores
Segue em curso mais um processo de fritura no Ministério de Jair Bolsonaro. Trata-se do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que mesmo de férias teve assessores diretos demitidos por Bolsonaro. O número 2 da Casa Civil, Vicente Santini, havia sido exonerado após ter utilizado avião da FAB para viagem à Índia. A pedido dos filhos, Bolsonaro voltou atrás e renomeou Santini. Na manhã desta quinta-feira, dia 30 de janeiro, Bolsonaro recuou novamente e anunciou nova exoneração do servidor. No mesmo dia, o assessor de imprensa da Casa Civil, Gustavo Chaves Lopes, também foi exonerado. Ele foi o autor da nota oficial dizendo que Jair Bolsonaro havia conversado com Vicente Santini e garantido sua permanência.
Apesar do esvaziamento de sua pasta pelo Presidente da República, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mandou avisar que não pretende deixar o governo. Lorenzoni entende que a permanência é “crucial” para suas pretensões eleitorais futuras, como a disputa pelo governo do Rio Grande do Sul em 2022.
O enfraquecimento de Onyx Lorenzoni no Governo vem desde o ano passado, quando perdeu a articulação política em junho, após ser criticado pela interlocução com o Legislativo. Além disso, a coordenação jurídica da Presidência havia sido passada para a Secretaria-Geral.