Comissão de senadores mostra preocupação com futuro dos militares amotinados sem concessão de anistia
A comissão de senadores que participa das negociações com policiais e bombeiros militares, que estão amotinados em batalhões da PM no Ceará, tem uma avaliação preocupante do futuro dos manifestantes nas duas corporações. O senador Major Olímpio, do PSL de São Paulo, que já foi presidente da Associação Paulista dos Oficiais da Polícia Militar, classificou os PMs que paralisaram as atividades nesta semana como uma “legião de jovenzinhos inexperientes que não sabem que vão se arrebentar, perder a função pública e serem condenados como criminosos militares”. Ele avalia que com o Exército Brasileiro assumindo o comando da segurança pública do Ceará, a preocupação dos manifestantes deixa de ser a questão salarial para ser a anistia pelas infrações cometidas durante o movimento.
O governador do Ceará, Camilo Santana, já declarou que “anistia para quem fizer motim na polícia é inegociável”. Governadores de outros estados, onde há negociação salarial com militares em andamento, já mostraram concordância que não haja qualquer concessão de anistia a policiais militares que integram o movimento. O objetivo é evitar um “efeito cascata” de paralisações de PMs em todo o País.