Ofensas de Bolsonaro contra jornalista da Folha repercutem no meio político. Relacionamento com a imprensa só piora
As ofensas desferidas pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro, contra a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, foram repudiadas por políticos de vários partidos, associações de imprensa, OAB e até entidades internacionais. Apesar de ocupar o cargo mais alto do País, Bolsonaro não quer dar explicações sobre suspeitas contra o seu mandato e prefere responder à imprensa com “bananas”. O mais incrível é que ainda há pessoas que aplaudam isso.
No caso da jornalista da Folha, que acompanha o caso do envio de “Fake News” no processo eleitoral, Bolsonaro disparou, em frente ao Palácio da Alvorada, que a repórter “queria dar o furo a qualquer preço contra mim”. Uma insinuação sexual sem propósito para uma platéia que riu, como se a agressão fosse engraçada.
O ataque foi feito após um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp dizer, sem apresentar qualquer prova, que a jornalista teria tentado “se insinuar” sexualmente para ele em busca de informações.
O fato é que Bolsonaro precisa reduzir as agressões aos jornalistas e cuidar mais da própria equipe. Nesta terça-feira, ele teve de “apagar um incêndio” com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que ameaçava entregar o cargo. Se reuniu a portas fechadas no Palácio do Planalto e convenceu Guedes, não se sabe até quando, a continuar tocando a sua agenda liberal na economia.