Bolsonaro volta a insistir no uso da cloroquina em cadeia nacional de Rádio e TV, mas ouvir os médicos ainda é o melhor caminho a seguir
Em pronunciamento em rede nacional de Rádio e TV, na noite desta quarta-feira, dia 8 de abril, o presidente Jair Bolsonaro voltou a insistir no uso da cloroquina no tratamento do coronavírus. O remédio está em fase de testes em todo o mundo para ajudar no tratamento de pacientes da pandemia. O problema da insistência de Bolsonaro é querer fazer do remédio a cura do coronavírus, quando especialistas ainda não têm a segurança da eficácia do medicamento. Por enquanto, o isolamento social é a maior recomendação a ser seguida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A defesa da cloroquina por Bolsonaro tem gerado embates diários com o próprio ministro da Saúde, Luiz Mandetta, e com o governador de São Paulo, João Dória. Ambos recomendam prudência no uso da cloroquina no tratamento do coronavírus. O paciente deve estar internado e com acompanhamento médico, até porque o remédio tem muitos efeitos colaterais que vão desde arritmias cardíacas até problemas na função hepática.
Especialistas afirmam que é perigoso o uso indiscriminado da cloroquina. Então, não há nenhuma “solução milagrosa”, no momento, para curar o coronavírus. Autoridades de saúde alertam que ninguém deve buscar o remédio como meio de prevenção ao Covid-19.
Usar a cloroquina para incendiar o debate político entre aliados e opositores de Jair Bolsonaro é, no mínimo, um ato irresponsável.
