Núcleo formado por Governo Estadual e iniciativa privada vai começar a discutir um plano de retomada econômica para quando a pandemia recuar

  • 22/04/2020

Autoridades de saúde acompanham ainda a chegada do pico de contágio da Covid-19 no Ceará. A expectativa é que isso ocorra em maio. O isolamento social é necessário para evitar que um número elevado de pessoas contaminadas procure, ao mesmo tempo, o sistema público de saúde. O Ceará já está com dificuldades na oferta de leitos para pacientes que precisam de UTI.

Mas há uma pressão do setor produtivo sobre a retomada da economia. A expectativa é que ainda esta semana, seja formado um núcleo com secretários estaduais, representantes da Prefeitura de Fortaleza, membros do Ministério Público, OAB Ceará, Associação de Prefeitos do Ceará (Aprece), Fecomércio, Federação das Indústrias do Estado (Fiec), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) para discutir um plano de retomada econômica, quando a curva de contágio do coronavírus entrar em queda.

Em entrevista ao O POVO, o governador Camilo Santana ressaltou que a comissão subsidiará todas as decisões “para que, com muita responsabilidade, protegendo toda a população, a gente possa construir um plano de retomada e de saída” da crise causada pelo novo coronavírus, que já matou 221 pessoas e contaminou outras 3.682 apenas no Ceará.

Nesta terça-feira, dia 21 de abril, Camilo Santana anunciou que o Governo do Ceará abriu em um mês 306 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para atender pacientes infectados pelo coronavírus. “Nós já implantamos mais de 300 novas UTIs no sistema público estadual de saúde. Estávamos chegando no limite da capacidade, principalmente em Fortaleza, onde concentra a maioria dos casos, e nos últimos cinco dias implantamos 53 novos leitos. Hoje, amanhecemos o dia com 75% de ocupação dos leitos de UTI aqui na capital e já estamos com uma perspectiva de implantar mais 16 leitos amanhã em Fortaleza e 14 no interior”, disse o governador do Ceará.