Prestigiado por Bolsonaro, Paulo Guedes quer congelar salários de servidores nos estados
Após receber um afago político de Bolsonaro ao ser apontado como o “responsável pela economia do País”, o ministro Paulo Guedes quer congelar os salários de servidores nos estados. Em troca do aumento para R$ 50 bilhões do socorro federal aos Estados e municípios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fizeram acordo para congelar salários e promoções de carreira dos servidores públicos por 18 meses, até dezembro de 2021. Em 2022, ano de eleições gerais, a concessão de reajustes volta a ser permitida.
A medida, que vale para União, estados e municípios, tem impacto potencial de uma economia de R$ 179 bilhões, de acordo com cálculos da equipe econômica que levaram em consideração o crescimento das despesas de pessoal nos últimos três anos. Desse total, R$ 70 bilhões de economia nos Estados, R$ 62 bilhões nos municípios e R$ 47 bilhões na União.
De quebra, para prestigiar Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro decidiu congelar o programa Pró-Brasil, que seria lançado para recuperar a economia após a pandemia do coronavírus. O plano prevê gastar R$ 215 bilhões em obras públicas e foi elaborado pela ala militar do Governo, sem a aprovação do Ministério da Economia. Guedes avalia que o programa vai gerar mais despesas e interfere no teto de gastos do Governo Federal.