Ministro Celso de Mello dá prazo de 48 horas para definir sobre sigilo do vídeo de reunião ministerial
O ministro Celso de Mello, do STF, deu um prazo de 48 horas para que o Governo Federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria-Geral da República e a defesa do ex-ministro Sergio Moro se manifestem sobre o sigilo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. De acordo com a defesa do ex-juiz, “o material confirma integralmente as declarações do ex-ministro Sergio Moro na entrevista coletiva de 24 de abril e no depoimento prestado à PF em 2 de maio”.
No termo do depoimento prestado pelo ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, o general Augusto Heleno, os investigadores fizeram constar a informação de que o presidente Jair Bolsonaro falou em “proteger seus familiares e amigos” durante a reunião ministerial. A intenção de utilizar a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro para atender interesses familiares pode incriminar Bolsonaro e gerar uma denúncia da PGR contra ele.
O vídeo permanece em segredo de Justiça no inquérito relatado pelo ministro do STF Celso de Mello e foi exibido na PF de Brasília para as partes relacionadas à investigação. Informações sobre o conteúdo vazaram para a imprensa e aumentaram o clima de tensão política em Brasília.
