Brasil atinge mais de 35 mil mortes por Covid-19 e Governo Federal ainda “brinca” de esconder os números
A atualização dos casos da Covid-19 de sexta-feira à noite, dia 5 de junho, feita pelo Ministério da Saúde, trouxe um total de 645.771 pessoas infectadas e 35.026 mortos pela pandemia, sendo 1.005 óbitos confirmados nas últimas 24 horas em todo o País. É o quarto dia seguido com mais de mil mortes registradas. O Brasil tem mais óbitos do que os causados pela gripe espanhola, que enterrou milhões de pessoas em todo o mundo. Aqui, entre 1918 e 1920, deixou pouco mais de estimados 35 mil mortos.
Apesar da gravidade do quadro, o Governo Federal prefere “brincar” de esconder os números como se isso resolvesse ou amenizasse o problema. O site oficial da Covid-19, mantido pelo Ministério da Saúde e que apresentava um balanço detalhado sobre a situação da pandemia no país, saiu do ar na noite de sexta-feira sem qualquer explicação. Desde a quarta-feira passada, dia 3, que o boletim da Covid-19 é repassado com atrasos.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a divulgação de dados sobre novos casos e mortes por coronavírus passou a ser atrasada (só sai agora às 22 horas) de propósito para evitar que os números sejam divulgados nos noticiários noturnos da TV, principalmente, o Jornal Nacional da TV Globo. Nesta sexta-feira, dia 5, a Rede Globo interrompeu sua programação cotidiana com um plantão assim que os números foram liberados.
Enquanto isso, o empresário Carlos Wizard, novo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, disse que o Ministério da Saúde deve recontar o número de mortes causadas pelo novo coronavírus. Sem apresentar provas, ele disse que os dados atuais são “fantasiosos ou manipulados” e que um balanço atualizado deve ser publicado em um mês. Wizard não tem qualquer experiência em saúde pública e é a mais nova aposta de Bolsonaro no Ministério da Saúde, hoje repleto de militares e poucos especialistas na área.
