Bolsonaro testa positivo para Covid-19, mas o maior problema está mesmo é nas mais de 66 mil mortes já registradas no Brasil

  • 08/07/2020

Toda a polêmica sobre o fato do presidente Jair Bolsonaro ter atestado positivo para a Covid-19 deveria ficar em segundo plano. Apesar da postura irresponsável de circular sem máscara, cumprimentando diariamente outras autoridades e a população em geral, o maior pecado do Presidente da República está nos números do coronavírus no País que continuam em disparada. Segundo o Consórcio de Veículos de Imprensa, já são 66.868 vidas perdidas pela doença desde o início da pandemia. 1.312 pessoas morreram no Brasil nas últimas 24 horas. O total de infectados chegou a 1.674.655 nesta terça-feira, dia 7 de julho.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde está há quase dois meses entregue a militares, com um ministro interino que não consegue implantar uma só política de enfrentamento à pandemia. O General Eduardo Pazuello está tão perdido no cargo, que nem dar explicações na imprensa não faz mais. Afinal, não tem o que dizer diante da escalada da Covid-19 no País.

Até o próprio orçamento de cerca de R$ 40 bilhões de reais aprovado no Congresso Nacional para o enfrentamento da pandemia no Brasil, o Governo Federal não consegue executar. A estimativa é que nem um terço do total tenha sido gasto por falta de planejamento.

Para completar, em pleno auge da pandemia, Bolsonaro se dizendo contaminado, ainda aparece em uma entrevista coletiva com jornalistas, retira a máscara de forma proposital na frente dos profissionais e vem recomendar o uso da cloroquina. Um medicamento já comprovadamente classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como sem eficácia para combater o coronavírus.

Ou seja, a postura do presidente Jair Bolsonaro continua mesma. Investir em desinformação das pessoas e o que é pior: mostrando total descaso com as mortes ocorridas e com as que ainda estão por vir. Governadores e prefeitos, que estão na ponta do enfrentamento da doença junto à população, que continuem ditando as regras e tendo de colher os dissabores de ainda enfrentar os negacionistas da gravidade da pandemia.