Brasil passa de 81 mil mortos por Covid-19 e TCU aponta que Ministério da Saúde gastou menos de um terço da verba prevista de combate à pandemia
Na medida que o Brasil superou mais de 81 mil mortos pela Covid-19, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou o que já vinha sendo denunciado por vários meios de comunicação. O Ministério da Saúde, que ainda tem à frente o interino General Eduardo Pazzuelo, só gastou 29% da verba emergencial prevista para combater a pandemia do coronavírus. A lentidão na execução de despesas acontece em meio ao caos político e administrativo e de conflitos com gestores locais. Dos R$ 38,9 bilhões prometidos, só R$ 11,4 bilhões foram gastos pelo Governo Federal até 25 de junho.
Mas não é de se impressionar. O presidente Jair Bolsonaro minimizou a gravidade durante toda a pandemia e se opôs à estratégia de distanciamento social adotada por governadores e prefeitos e recomendada pela Organização Mundial de Saúde e pela comunidade médica nacional. O Brasil chegou hoje a um total de 81.597 mortes provocadas pela Covid-19. Foram 1.346 óbitos nas últimas 24 horas.
Para completar o cais na saúde, dois ministros da Saúde foram demitidos durante a pandemia. Os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich foram dispensados porque não concordavam com a forma que Bolsonaro enfrentava a pandemia no País e porque não aceitaram a imposição do presidente de impor o uso da cloroquina no protocolo do Ministério da Saúde. Hoje, a pasta está repleta de militares nomeados por Pazzuelo em substituição a médicos e técnicos.
