Aumenta pressão sobre o Ministro da Justiça para que ele explique o dossiê contra servidores que são opositores ao Governo Bolsonaro
Aumenta a pressão sobre o Ministro da Justiça, André Mendonça. A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, estabeleceu o prazo de 48 horas para que o Ministério da Justiça preste informações sobre o dossiê que investiga e cataloga os servidores opositores do Governo Federal, que foram identificados como “antifascistas”. Em julho, a Rede Sustentabilidade acionou o STF para abrir inquérito sobre o ministro da Justiça e suspender a coleta de informações dos servidores.
André Mendonça foi convocado para prestar esclarecimentos no Senado, no início desta semana, mas desmarcou a participação na audiência. Nesta segunda-feira, dia 3 de agosto, o Ministro da Justiça chegou a dispensar Gilson Libório Mendes, chefe da Diretoria de Inteligência da Seopi, que seria o responsável pelo monitoramento dos servidores.
Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede) e Jacques Wagner (PT) entregaram requerimento pedindo que o ministro seja convocado. Eles pedem que comissão do Senado realize “atos de fiscalização e controle” sobre investigação de pessoas identificadas como antifascistas. Para os senadores, “ação clandestina e devassa na vida dessas pessoas caracteriza-se como espionagem política.
O Ministério da Justiça organizou relatório sigiloso sobre mais de 500 servidores públicos, a maioria da área da segurança pública.
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