Alta no preço de alimentos preocupa consumidores. Governo Federal sofre pressão e vê estoques reduzidos para o consumo interno

  • 10/09/2020

A alta no preço de alimentos como arroz e feijão nas prateleiras dos supermercados tem preocupado consumidores. Executivos de supermercados consideram um ato de desespero a cobrança do governo Jair Bolsonaro para que o setor explique o aumento nos preços dos alimentos. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça chegou a notificar a Associação Brasileira de Supermercados e os representantes de produtores de alimentos para que expliquem, dentro de cinco dias, a alta dos custos de produtos alimentícios que compõem a cesta básica. 

O Governo Federal tomou a decisão de zerar as tarifas de importação numa manobra política arriscada do presidente Bolsonaro. É praticamente consenso entre os economistas que a medida não surtirá efeito no curto prazo.

Na avaliação de muitos deles, o Governo Federal acabou com os estoques de arroz do país, aumentou as exportações do item e descumpre a lei regulatória que garante segurança alimentar para população. Itens essenciais da cesta básica como feijão e farinha de trigo também já estão sem estoque. 

Para o ex-ministro Aloísio Mercadante, o Governo Bolsonaro “jogou nos braços do mercado a regulamentação do preço da cesta básica…assim, o povo ficou entre o pescoço e a guilhotina. As pessoas são obrigadas a comer e não tem oferta, volume, estoque ou importação desses alimentos”.