Investigação da Polícia Federal aponta que incêndios no Pantanal partiram de pelo menos quatro fazendas de Mato Grosso do Sul
Investigação da Polícia Federal aponta que os incêndios que devastaram 25 mil hectares do Pantanal começaram em quatro fazendas de grande porte em Corumbá (MS). A suspeita é que produtores rurais tenham colocado fogo na vegetação para transformação em área de pastagem. Enquanto isso, o Governo Federal tenta justificar as queimadas como normal no período, por causa do calor. No caso da Amazônia, culpa apenas a busca pela sobrevivência de indígenas e caboclos. Há anos, os organismos ambientais denunciam a ação nociva de grileiros, garimpeiros e madeireiros que devastam a região sem regras ou qualquer respeito ao Código Florestal.
O Pantanal já registra o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira, dia 23 de setembro, o dado mais recente. A Amazônia também já registrou mais focos de incêndio neste mês do que em todo o mês de setembro do ano passado. Em setembro de 2019, foram 19.925 focos de calor; neste ano, até quarta-feira (23), houve 28.279 focos, uma alta de cerca de 42%.
Apesar de todas as evidências científicas, o Ministério do Meio Ambiente tenta desqualificar os dados e continua a política de desmantelamento dos órgãos como ICMBio, o Ibama, a Funai, que atuam em ações de fiscalização e controle. Prova disso é que, este ano, o Ministério do Meio Ambiente gastou apenas 35,6% dos valores que foram autorizados para prevenção, combate e fiscalização de queimadas.
![](https://blogdorogeriogomes.com.br/wp-content/uploads/2020/09/pantanal-combate-ao-fogo4.jpg)