Presidente do TSE ironiza a proposta de Bolsonaro para que o Brasil volte a usar cédulas de papel nas eleições

  • 07/11/2020

O processo eleitoral nos Estados Unidos tem revelado ao mundo o quanto é arcaico estar se contando as cédulas eleitorais de papel após a votação. Além da demora, a possibilidade de erros na contagem manual. Mas querendo seguir a “cartilha” do eterno aliado Donald Trump, presidente dos EUA, Jair Bolsonaro voltou a defender que o Brasil deveria abandonar o processo biométrico de identificação do eleitor e o uso das urnas eletrônicas para voltar a votação com cédulas de papel nas eleições.

A reação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, foi de ironia. Ele voltou a chamar a proposta de Bolsonaro de “retrocesso” e defendeu que “as urnas eletrônicas são confiáveis”. 

Luís Roberto Barroso acrescentou: “Retornar ao voto impresso é um retrocesso, é como comprar um videocassete. Meu único incômodo com as urnas é o custo delas. Temos 500 mil, custa R$ 700 milhões. A cada eleição temos que trocar 100 mil delas”, disse o ministro do STF e presidente do TSE.