Sem Sarto no debate do O POVO, Wagner se diz vítima de união partidária e afirma estar “feliz” com apoio de Bolsonaro
No primeiro debate antes do segundo turno entre os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, realizado pelo jornal O POVO nesta segunda-feira, dia 23 de novembro, José Sarto (PDT) faltou por alegar incompatibilidade de agenda. Com o espaço sem o adversário, Capitão Wagner (Pros) aproveitou a entrevista para tecer críticas contra a chapa do pedetista e não fugiu de assumir que é o candidato apoiado por Jair Bolsonaro na Capital.
Ao ser perguntado sobre as articulações em busca de apoio para a reta final da disputa das eleições municipais, Wagner disse sofrer um ataque coordenado da maioria dos partidos, e culpou a “oligarquia” dos Ferreira Gomes por este contexto.
“Você vê no mesmo palanque PSOL e PSL, PT e PSDB. É importante para quem nos assiste agora entenda que há uma tentativa de evitar que uma pessoa que não tem padrinho político se torne prefeito da Cidade. Não há nenhum motivo para união contra mim”, destacou.
De forma mais enfática nesta campanha, Wagner não se furtou a comentar sobre o apoio do presidente da república à sua candidatura. “Eu fico muito feliz de receber o apoio do governo federal e do presidente Bolsonaro”, disse. O candidato do Pros complementou que não tem proposta de governo ideológica, e também disse que nunca defendeu delitos dentro da Polícia Militar.
Ausente do debate marcado, José Sarto concedeu entrevista também nesta noite de segunda-feira para a TV Verdes Mares. Sarto defendeu que o apoio recebido por outros partidos se deu por reconhecimento de sua proposta diante da de Wagner. “Fui eleito presidente da Assembleia sem fazer nenhuma concessão não republicana a ninguém. Nenhum partido fez contrapartida comigo para aliança, porque já me conhece. São partidos com espectro ideológico mais plural que tem”.
Em última pesquisa Ibope divulgada, Sarto tem 60% das intenções dos votos válidos contra 40% de Capitão Wagner no segundo turno.