Países europeus já começam a vacinar contra a Covid-19 na próxima semana. No Brasil, o Ministério da Saúde não definiu nem a vacina que pretende utilizar
A boa notícia da semana no enfrentamento à pandemia da Covid-19 é que o Reino Unido e a Rússia vão começar a vacinar suas populações a partir da próxima semana, graças, respectivamente, às vacinas das empresas americana Pfizer e alemã BioNTech e da russa Sputnik V. O Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar o uso em massa da vacina Pfizer/BioNTech.
Itália, Alemanha e outros países europeus se prepararam para o que deve ser a maior campanha de imunização da história, com a definição de locais de vacinação, armazenagem e treinamento de pessoal. No entanto, há muitos países pobres que ainda estão distantes do planejamento de ter qualquer acesso às vacinas hoje em fase final de teste, o que deverá provocar no mundo uma divisão entre países de vacinados e não vacinados.
No Brasil, o Ministério da Saúde continua a “bater cabeça” e não apresentou ainda um plano real sobre em que vacinas vai investir e qual estratégia será adotada para uma imunização em massa. Em entrevistas, o ministro General Eduardo Pazuello demonstra desconhecimento sobre os avanços dos planos de vacinação em outros países. Não sabe mesmo nem em que vacinas o Brasil deve apostar. Ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas no Brasil, sem contar que o Governo Bolsonaro não prevê vacinar toda a população do país no ano que vem.
A corrida é contra o tempo. O Brasil registrou 669 novas mortes provocadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo um total de 174.531 óbitos desde o início da pandemia. Onze estados apresentaram tendência de aceleração na média de mortes.