Após a aprovação da CoronaVac, Bolsonaro e Pazuello mudam discurso e caem em contradição

  • 19/01/2021

Depois que a Anvisa aprovou o uso da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Eduardo Pazuello trataram logo de mudar o discurso e de caírem em contradição. Bolsonaro declarou que a Coronavac, à qual ele se referia como “vacina chinesa de João Doria” , é agora “a vacina do Brasil”. Por inúmeras vezes nos últimos meses, Bolsonaro fez chacota da “vacina chinesa” e chegou a dizer que o Governo Federal não iria comprar o imunizante. Só bravatas.

Já o ministro Pazuello passou a defender medidas de isolamento social no último discurso à imprensa e disse que o seu ministério nunca recomendou cloroquina ou qualquer outro remédio. Mais duas mentiras. Nos últimos meses de pandemia, Pazuello repete a mesma narrativa de Bolsonaro de ser contra o distanciamento social e, na semana passada, diante do caos sanitário e da falta de oxigênio no Amazonas, chegou a ir pessoalmente a Manaus defender o uso de cloroquina e recomendar aos médicos que receitas sem um medicamento para o coronavírus, sem qualquer eficácia comprovada pela Ciência.