Esquenta disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Planalto interfere no processo ao liberar recursos para os parlamentares

  • 29/01/2021

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal retomam as atividades em fevereiro. Nas duas casas, o clima é de eleições para a Mesa Diretora. Na Câmara, o Palácio do Planalto interfere diretamente em prol de Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro. O atual presidente Rodrigo Maia apoia o nome de Baleia Rossi (MDB-SP), que também está fechado com parte dos partidos de oposição. Pelo PSOL, Luiza Erundina tenta uma candidatura isolada. A eleição para a Presidência da Câmara será no dia 1° de fevereiro.

Na pauta da sucessão está a aceitação do pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. São quase 60 pedidos já na Câmara dos Deputados a espera de um parecer. Bolsonaro não mede esforços para eleger o seu candidato. Para isso, liberou R$ 3 bilhões em recursos extraordinários do Orçamento para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em suas regiões, em troca de apoio ao candidato do governo, Arthur Lira. O dinheiro saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional. Segundo o Estadão, que fez o levantamento, dos 208 deputados que já declararam apoio a Lira, 125 nomes já estão na planilha da Secretaria de Governo.

No Senado Federal, a data da eleição para definir o presidente que irá substituir Davi Alcolumbre ainda será marcada. Quatro senadores vão disputar a presidência da Casa e consequentemente do Congresso nas próximas eleições. O mandato irá até fevereiro de 2023. Os senadores que vão concorrer ao cargo são: Simone Tebet (MDB-MS), Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), Jorge Kajuru, (Cidadania-GO) e  Major Olímpio, (PSL-SP). Rodrigo Pacheco está hoje com as melhores articulações na situação e oposição e deve ser eleito presidente.