Governadores pressionam por agilidade diplomática no trato dos insumos da vacina com China e Índia. Enquanto isso, mortes por Covid-19 só disparam no País

  • 21/01/2021

Com alta diária de mortes por Covid-19 e números superiores a 1.000 óbitos, o Brasil segue ameaçado em ter paralisada a sua campanha de vacinação, que mal começou. E o problema é a falta de vacinas, causada pela falta de planejamento do Governo Federal. Uma carta assinada por 15 governadores remetida ao presidente da República, Jair Bolsonaro, pede mais agilidade da diplomacia brasileira para abrir diálogo com a China e a Índia. O objetivo é que o Brasil encontre uma solução para importar o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), para a produção da vacina CoronaVac, e para que os 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford sejam enviados ao País.

A carta remetida a Bolsonaro é assinada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste, e conta também com o crivo do governador do Ceará, Camilo Santana (PT). O Brasil tem hoje cerca de 6 milhões de doses da vacina distribuídas, quando só para o grupo prioritário são necessárias 14,8 milhões de doses.

A interlocução do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está desgastada com a embaixada da China em Brasília devido aos posicionamentos ideológicos adotados pelo chanceler. Há pressão pela queda do Ministro até entre aliados do Planalto. Bolsonaro, que vive de criticar o Governo Chinês, agora tenta desesperadamente conversar com o líder chinês Xi Jinping para fazer um apelo pela liberação dos insumos. É esperar pelos próximos dias, que não prometem ser fáceis.