Deputado bolsonarista Daniel Silveira continua preso e segue rumo ao processo de cassação após decisão da Câmara
O desgaste da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) fez o Palácio do Planalto se calar. E o parlamentar teve de se virar sozinho para enfrentar o julgamento dos colegas deputados nesta sexta-feira, dia 19 de fevereiro. Mas não deu sorte. A prisão foi mantida com larga margem: foram 364 votos a favor da manutenção da prisão decretada pelo STF, 130 contra e 3 abstenções. Agora, Daniel Silveira segue rumo ao processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Daniel Silveira é policial militar licenciado e se tornou famoso depois de, em um ato de campanha a governador de Wilson Witzel (PSC), quebrou uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018. É da linha de frente dos apoiadores de Jair Bolsonaro, que preferiu ficar calado após a prisão do parlamentar. Afinal, Bolsonaro teme agravar sua relação com o STF, que analisa inquéritos desfavoráveis ao Planalto. O silêncio de Bolsonaro é um alerta a parlamentares bolsonaristas como Carla Zambelli, Bia Kicis e outros, que vivem a desrespeitar a Constituição e pregar Golpe de Estado.
Na votação da Câmara, nem a ação da tropa de choque de Bolsonaro na Câmara conseguiu barrar a manutenção da prisão do deputado Daniel Silveira. Dos 22 deputados federais cearenses que votaram, apenas cinco ficaram do lado do parlamentar que atacou o STF e defenderam sua liberdade: Capitão Wagner (PROS), Vaidon Oliveira (PROS), Heitor Freire (PSL), Danilo Forte (PSDB) e Dr. Jaziel (PL).