Brasil atinge 300 mil mortes, Bolsonaro faz reunião só com aliados e volta a defender “tratamento precoce”
Se já não bastasse o País atingir 300 mil mortes por Covid-19, nesta quarta-feira, dia 24 de março, a reunião promovida pela Presidência da República com membros dos três poderes, no Palácio da Alvorada, em Brasília, trouxe o mais do mesmo na conduta do presidente Jair Bolsonaro diante do cenário agravado da Covid-19 no Brasil. O chefe do executivo convocou ministros, presidentes das casas legislativas federais e apenas seis governadores aliados para anunciar a criação de comitê junto ao Congresso para combate à pandemia. Nem mesmo a Confederação Nacional dos Prefeitos e o Fórum dos Governadores foram convidados para o encontro.
O problema maior é que a reunião foi palco para Bolsonaro defender novamente o tratamento precoce com remédios sem nenhuma comprovação científica.
O cenário nacional é hospitais sobrecarregados, com filas de pacientes a espera de um leito de UTI e ameaça de falta de oxigênio hospitalar e de insumos para intubação de pacientes.
Em nenhum momento da reunião, o presidente Jair Bolsonaro falou de medidas de isolamento social, defendidas por especialistas como fundamentais para conter o descontrole do contágio.
Para completar o desamparo das camadas mais pobres da população, o auxílio emergencial ainda não voltou a ser pago. A previsão da equipe econômica de Paulo Guedes é na primeira quinzena de abril. Ao contrário do que o Governo Federal propõe (média de R$ 250), as centrais sindicais lançaram um manifesto onde defendem um auxílio até o fim do ano de R$ 600, que venha gerar proteção econômica aos desempregados.